Cão de guarda Ygor tem como 'psicólogo' o tranquilo beagle Osama.

Cartões amarelos são rotineiros na vida de um volante e a maioria deles não necessariamente tem a ver com violência. Ygor, do Figueirense, já soma dez advertências no Brasileiro, mas nenhuma delas culminou em expulsões, talvez por não ser desleal nem excessivo em suas reclamações. O motivo da serenidade tem nome de terrorista, mas não passa de um calminho beagle chamado Osama, de 3 anos e 8 meses. O cão de guarda alvinegro, entretanto, revela que os primeiros dias de contato com seu bicho de estimação foram bem explosivos.
- Quando fui buscá-lo, no bairro de Ricardo Albuquerque, no Rio de Janeiro (em 2008, quando defendia o Fluminense), tinha um criador que estava vendendo cachorros. Li sobre a raça (beagle) e soube que era bem ativo e brincalhão. Olhei para alguns cães e nenhum estava me agradando até que ele, o quinto a aparecer, veio batendo em todo mundo, mordendo a orelha dos outros e pulando por cima de todos. No outro dia, fui comprar a caminha dele, mas quando cheguei do treino estava um estrago no quarto (risos)... Parece que tinha acabado de passar um furacão (risos). Como o nome Osama ainda estava na moda, não tive dúvidas (para batizá-lo) - diverte-se, em entrevista concedida por telefone.
Residente à época no tradicional bairro carioca de Copacabana, Ygor revela uma das últimas "bombas detonadas" pelo antes agitado Osama.
- Em casa, eu ficava sempre atento, com as pernas esticadas. Meus amigos perguntavam: 'Por que essas pernas esticadas?'. Eu respondia: 'Daqui a pouquinho vocês vão descobrir'. Com poucos dias de vida ainda (Ygor o adotou com 45 dias), ele estava com seus dentinhos saindo e vivia escondido. Quando aparecia, mordia os dedos dos caras e roía tudinho (risos).
Hoje tranquilo, Osama, segundo o próprio jogador garante, é uma espécie de psicólogo para ele e sua esposa, Aline. Os sentimentos de tristeza ou frustração, sejam oriundos de uma derrota ou de um problema pessoal, logo são "demolidos" no momento em que o cãozinho aparece.
Ele é como se fosse a criança da casa. Eu e Aline ainda não temos filhos e ainda estamos dando uma segurada. Ele é o nosso filho"
Ygor
- Eu sou suspeito para falar. Quando chego em casa, o que ele nos passa de alegria... Se estou revoltado com algo ou triste, ele me desarma na hora. É só balançar o rabinho e chegar com uma bola na boca que tira o estresse de um treino ou de um jogo. Sempre brinco, dizendo: 'Vamos pegar os acréscimos'. Os acréscimos são as brincadeiras que faço com ele após os jogos. Depois da partida contra o Coritiba (0 a 0, no último domingo, no Scarpelli), que foi muito pegada, eu estava no bagaço. Cheguei em casa e vieram os acréscimos (risos). Ele balançou o rabinho e fomos dar um passeio. O Osama é meu psicólogo, me ajuda muito - encerrou.
Ygor do Figueirense com cachorro Osama (Foto: Divulgação)

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